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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

As últimas Flores para o Hospital - Cap. II (Morte)

O autocarro parou mesmo no centro de Nova Iorque. Agarrei a minha mala firmemente e caminhei lentamente sob a noite gelada que se fazia sentir no centro da cidade. A minha respiração, aquando a sua exteriorização formava uma pequena massa branca que se deixava desvanecer em poucos segundos. Centenas de transeuntes passeavam alegremente pelo passeio pedonal, admirando as montras, tirando fotografias a tudo e a todos. E eu, estupidamente, questionava-me por que razão a felicidade não era imortal... Atravessei a rua, envolvendo o meu pescoço no cachecol e aproveitando para retirar o porta-chaves da mala. Brinquei um pouco com elas, fazendo-as dançar nos meus dedos. Finalmente empurrei a imensa porta de vidro e sorri forçadamente ao porteiro. Voltei a olhar para o chão e a correr até chegar à porta do meu apartamento. Introduzi a chave na fechadura e rodei a maçaneta, tirando logo o casaco e atirando a chaves para uma pequena taça disposta na consola. Salvatore, um Chow Chow que a minha mãe me tinha oferecido para me fazer companhia durante a minha estadia em Nova Iorque, correu para me lamber as mãos. Afaguei-lhe o pelo luzidio e claro e ele foi buscar um brinquedo com a cauda a abanar incessavelmente.
- Salvatore... hoje não me apetece brincar. - disse colocando-me de cócaras para ficar ao seu nível. Ele prostrou-se na carpete negra e emitiu um som de desânimo. Voltei a levantar-me. - Comida? - questionei.
Ele levantou-se instantaneamente e começou a correr parando na cozinha mesmo ao lado da sua tigela de metal com o seu nome gravado em letras bem grandes. O som imperativo dos cereais embatia contra o fundo da tigela, emitindo um som estridente. Por sua vez, Salvatore achava imensa piada porque adorava comer. 
Abri os armários da cozinha e retirei um pacote de batatas fritas e levei uma Coca-Cola para a mesa da sala. Atirei as minhas botas para o quarto e peguei nos chinelos. Peguei no comando e atirei-me para cima do sofá, comendo o que tinha trazido. Vi um filme para ver se conseguia afastar todas aquelas palavras contundentes... mas o esforço foi todo em vão. Era impossível tentar esquecer e chegava até ser desumano... Peguei no meu telemóvel e liguei para Erin. 
- Erin... - disse com a voz trémula. - Podes vir cá ter?
- Blair? O que tens? - fez uma pausa na expectativa que eu respondesse. - Eu estou mesmo a chegar. - informou e desligou a chamada.
Olhei à minha volta e os meus olhos pousaram na pequena cristaleira que continha bebidas que tinham sobejado do meu décimo nono aniversário. Dirigi-me morosamente até ela e quando me preparo para abrir as portas cristalinas, ouço uma voz semelhante a um espanta-espíritos a proibir-me.
- Nem penses, Blair! Tira daí essas mãos! - proibiu-me Erin com um semblante desfigurado. Nem me atrevi a mover a minha mão.
Erin era o meu braço direito. Estava sempre pronta a ajudar-me e, acima de tudo nutria de uma amizade por mim profunda e respeitosa. Elogiava-me quando era necessário e repreendia-me cada vez que caía na degradação. Aquela sua estrutura baixa não denunciava o espaço que existia no seu coração. Era capaz de amar o seu próprio inimigo. Sem dúvida ela era um modelo a seguir, capaz de causar inveja a alguém... ela era tudo aquilo que eu não conseguia ser... ou quase tudo.
- Blair... não vais deixar-te cair na miséria novamente, pois não? - questionou com uma voz serena, sentando-se no meu sofá de couro genuíno, fazendo-me sinal para me sentar.
- Eu nunca fui alcoólica. - contrapus.
- Estiveste muito perto. - alegou de imediato.
Atirei-me para o sofá e os meus olhos começaram a brotar lágrimas. Rapidamente me envolveu nos seus curtos mas simultaneamente longos braços. Embalou-me como se eu fosse uma criança enquanto eu empurrava as minhas pernas até adoptar uma posição fetal.
- É a tua mãe? - inquiriu com uma voz firme que me transmitia segurança.
Afastei-a e murmurei que sim. Ela suspirou, emocionando-se também por momentos, mas as lágrimas deixaram de ser visíveis pouco tempo depois.
- Blair... eu não sou médica nem nada que se pareça. Irias ter de enfrentar isto mais cedo ou mais tarde. Chegou a altura de mostrares que já não és mais a menininha mimada, filha de Barbara Fielding! Tens de revelar a força que há em ti! O mundo não gira em torno de ti. Não és um astro. Não passas de um ser-humano exactamente como todos os outros. Por seres filha de quem és, não quer dizer que as coisas más não se abatam sobre ti. - disse com calma de modo a que eu pudesse deliciar cada palavra certeira que ela pronunciava. - E se pensas que a morte é má, estás a ser egoísta. Já pensaste que ela está a sofrer? Achas justo fazê-la viver na dor durante mais tempo? Achas sequer humano? - recriminou-me com os seus esbugalhados olhos negros a pousarem duramente nos meus. Ora, comecei a chorar ainda mais. - Vá, Blair... eu queria poder dizer que tudo o que disse é mentira... mas sabes que não é. - fez uma pausa abraçando-me novamente. - Eu continuo a gostar da pessoa que és e aposto que todos os que te rodeiam te amam tanto quanto eu e a tua mãe.
A soluçar e enchendo o seu casaco preto de lágrimas, agradeci-lhe.
- Eu posso ficar cá contigo. - ofereceu-se. Olhei para ela, com os olhos completamente vermelhos e sorri-lhe. Ela esboçou um sorriso pouco largo, arqueando os seus lábios grossos e bem definidos. Levantou-se e procurou algures nos armários um cobertor. Retirou o seu casaco e as suas botas deixando-as em cantos opostos da sala. Salvatore estremeceu com o som do tacão a embater contra o soalho. Abri o sofá de modo a que coubéssemos e ela trouxe as almofadas. Decidi que tinha de tomar decisões e que tinha de levar a minha vida com normalidade. Levantei-me, deambulando até ao meu quarto onde procurei exaustivamente por dois pijamas. Voltei, entregando um a Erin. Deitei-me no sofá contemplando o tecto inexpressivo. Erin amarrou o seu cabelo avermelhado cheio de ondas com uma fita que trazia sempre no pulso e olhou para o mesmo ponto que eu.
- O que vês? - perguntou-me ela.
Hesitei.
- Vejo... não sei. Acho que não estou a conseguir pensar. - disse num murmúrio. - Não consigo atingir coisas subjectivas. - continuei  com as lágrimas a escorrerem-me pela face abaixo.
- Lembraste da última vez que dormi em tua casa? - questionou retoricamente. - O Eric e o Dylan tiveram de te trazer para aqui!
Soltei um sorriso.
- Foi na festa da Gwen, certo?
- Certo. Foi engraçado! - comentou sorrindo.
- Mas tu fizeste piores figuras que eu... - disse enquanto bocejava. - Quando andávamos no secundário tu chegaste embriagada à aula de Inglês. Para além disso, adormeceste na sala e ressonaste.
Ela soltou uma gargalhada.
- Oh! Não tenho culpa que a aula da professora fosse uma valente seca! - contrapôs.
Bocejei novamente.
- Bons velhos tempos... - concluiu com um suspiro.
Após esta sua conclusão, o sono e o cansaço misturaram-se de tal forma que me fizeram adormecer. Na manhã seguinte acordei com a voz estridente de Erin a falar ao telefone com um laivo de preocupação. Procurei-a com o olhar mas a voz provinha da cozinha. Levantei-me e fui à cozinha.
- Eu não sou a Blair, doutor. Se quer dizer-lhe isso, aconselho-o a prepará-la muito, mas muito bem. - fez uma pausa. - Ah! E deixou-a sair assim? Que competência! Existem seguranças para quê? - Estranhei o conteúdo daquele telefonema. - Está bem, mas ela não vai reagir bem. Fale com Barbara e faça-a mudar de ideias. Está bem. Vamos já aí ter. Até já.
 Levantou-se da cadeira e pousou o meu telemóvel no balcão. Eu corri para a casa-de-banho e fiz de conta que estava a tomar um banho.
- Blair? Onde estás? - perguntou.
- Estou a tomar banho! - respondi metendo-me o mais rápido possível debaixo da água, ensaboando-me caso ela decidisse certificar-me que não estava a tratar da minha auto-destruição.
Depois do banho rápido, enrolei-me numa toalha e sequei o cabelo com descuido. Saí a correr e fui para o meu quarto onde me vesti. Salvatore saltou para cima da cama e, por pouco, ia ficar fechado todo o dia no quarto. Erin deu comida a Salvatore, fazendo os cereais embaterem contra o fundo da tigela metálica enquanto ele lambia os seus beiços.
- Blair... tens de ir ao Hospital. - avisou-me. - Tomámos café no Starbucks. Pega na tua querida mala e vamos pirar-nos daqui! Disse que íamos chegar o mais depressa possível.
- Erin, o que se passa? - inquiri sem fazer ideia do que a minha mãe tinha tramado.
- Nada de perguntas! Quando chegares lá, vês. - respondeu-me com um semblante sério.
Tal como ela tinha dito, passamos pelo Starbucks e depois apanhámos o autocarro para o Hospital.
Eu não sabia qual o verdadeiro propósito daquela visita antecipada mas sentia que não era nada de bom. Erin sabia-o mas recusava-se a dizer-mo. Finalmente o autocarro parou e saímos, percorrendo o habitual caminho.
Tive medo de entrar naquele corredor. Pairava no ar o cheiro a morte. O médico, cujo nome era Jack Morrison, dirigia-se a mim com uma cara esquisita e nem me cumprimentou, agarrando-me pelo braço levou-me até ao seu consultório.
- A menina arranjou-me muitos problemas, como deve saber... - disse enquanto se sentava na cadeira.
Encolhi os ombros.
- Mas eu não pedi a sua vinda para lhe falar sobre isto. - disse.  Colocou à minha frente um conjunto de papéis. A primeira palavra que me chamou à atenção foi "Eutanásia". Senti logo um calafrio a percorrer-me a espinha. Olhei para o médico apavorada e com as lágrimas a picarem-me os olhos.
- Ela... ela... que-er isto? - inquiri.
Limitou-se a abanar afirmativamente a cabeça.
- Você não vai deixar, certo? - questionei enquanto procurava por um lenço. Ele estendeu-me um.
- A paciente tem o direito a escolher a sua morte. Tem o direito de decidir o rumo que quer dar à sua vida. De qualquer das formas, hum... ela não... permanecerá viva mais de quatro dias. - informou-me.
Aquela notícia embateu contra mim como se fossem detritos de uma gigantesca explosão e me impelissem para trás.
- O senhor não jurou cuidar da vida das pessoas? Não jurou salvá-las, impedir que morressem? Então do que está à espera? Diga-me! - disse enquanto me levantava da cadeira, completamente alienada. - Isso é desumano! Contra a vida! Sabe que o direito à vida é inviolável? Claro que não! - disse com sarcásmo. - Bem dizia a minha mãe.... vocês todos metidos dentro de um saco com uma pedra de quinhentos quilos e atirados ao mar faziam pouca falta! - Pousei com violência os papéis na mesa. - Eu não assino esta porcaria! - avisei saindo disparada como uma bala pela porta, fechando-a com violência.
- Blair, acalma-te, por favor. - pedia repetidamente Erin.
- Erin, por favor, deixa-me sozinha! Eu vou entrar sozinha vou falar com ela! Ela vai ter de falar comigo! - disse-lhe.
Rodei a maçaneta e deparei-me com uma única pessoa ao fundo do quarto. Procurei a minha mãe. Ouvi um gemido.
- Mãe? - questionei.
Novamente ouvi um gemido seguido do meu nome num murmúrio.
E lá estava ela. Deitada naquela cama, com a sua cor original de cabelo e com as unhas perfeitamente pintadas num vermelho vivo. A sua cor era pálida e tinha os pés gelados.
- Mãe... - sussurrei agarrando-lhe a mão. - Por que queres que assine aqueles papéis? - questionei com as lágrimas a caírem-me em catadupa.
- Eu...não consigo falar muito bem. - disse ela num murmúrio. - Assina.
- Eu não posso! - disse enquanto lhe colocava a máscara de ar. - Estás doida? Eu não te vou deixar morrer!
Ela levou a sua mão para tirá-la novamente. Forcei a sua permanência lá. Ela tirou de debaixo de si um pequeno bloco de notas e uma caneta. Com uma letra trémula, escreveu:
"Eu sei que nunca me irias deixar morrer, mas eu, basicamente já estou morta! Eu morri no dia em que para aqui vim. Portanto, deixa de ser uma menina mimada a assina! É uma ordem!"
- Tu és contra a violação da vida! - relembrei na esperança de fazê-la mudar de ideias.
Novamente escrevinhou:
"Faz o que te digo! Eu ainda mando em mim. Portanto, vais assinar imediatamente esses papéis. Vais pegar nesta caneta e vais fazer a tua rubrica!"
- Não... - disse. - Não posso.
Pegou no bloco e escrevinhou:
"Eu vou morrer, de qualquer das maneiras! Para quê esperar quando o fim é inevitável! Eu juro que se choras durante semanas a fio, levanto-me daquele maldito túmulo e dou-te uns safanões bem dados!"
Sorri com o que ela tinha escrito.
- Só tu... - disse. - É o que realmente desejas? Ver-te livre de mim assim tão depressa?
Ela exibiu um sorriso por detrás da máscara de oxigénio. Agarrou-me a mão com toda a força que tinha. Deixei-a tirar a máscara.
- Nunca... nunca te esqueças... que... há sempre alguém. Não estás... nem estarás sozinha. - disse ofegante.
Passei as minhas mãos pelo seu cabelo.
- Eu assino. - Dito isto... as lágrimas irromperam-me de tal forma que estas caíam sobre o papel. A minha rubrica ficou tão deformada que podia ter dito que havia sido forjada se não existissem testemunhas.
Obrigaram-me a sair do quarto e levaram todo o material necessário.
Erin levou-me para longe dali. Chorei no seu ombro durante horas a fio. Finalmente o médico encontrou-nos e colocou-se de cócaras, uma vez que estávamos sentadas no chão. Erin também chorava. Barbara fora quase como uma segunda mãe para ela.
Ele olhou-me com os seus grandes olhos cor de avelã e informou-me:
- Acabou de morrer.
Começámos a chorar ainda mais e pensávamos que era impossível... Levantei-me, ajudando Erin.
- Podemos vê-la? - inquiriu Erin.
- Podem.
Seguimo-lo numa marcha lenta. Quase fúnebre. Ela estava já na morgue. Tinham-na preservado da melhor forma possível. Mal cheguei perto dela, senti um calafrio. Olhei-a e vi que esboçava um sorriso. Estava serena... pacífica. Parecia que a dor já não a afectava mais. Tinham-lhe vestido aquele vestido turquesa que ela tinha usado no dia em que terminei o liceu.
Pouco tempo depois, o médico empurrou-nos para fora da morgue, uma vez que outros corpos iam dar entrada. Quando me preparava para ir embora, com toda a minha angústia e sentimento de perda, o médico chamou-me.
- A sua mãe mandou-me entregar-lhe isto. - disse colocando-me nas mãos um envelope branco onde o meu nome estava escrito com uma caligrafia inconfundível. - Para além disto, disse-me para lhe dar estas flores. Disse que lhe podiam ser muito, muito úteis.
Olhei para ele atordoada e simultaneamente curiosa. Que raio estava ele a falar?
- Desejo-lhe boa sorte. - continuou.
- Obrigada. - disse, desandando para ir ao encontro de Erin.
- O Eric vem-nos buscar, Blair. - informou enquanto limpava as lágrimas com um lenço de papel.
Caminhámos até ao exterior em silêncio. O próprio Eric, que costumava ser tão espirituoso e tão jovial, exibia um olhar taciturno e limitou-se a dar-me um abraço apertado. Erin não cumprimentou o seu namorado. Limitou-se a entrar dentro do carro e a encostar a sua cabeça ao vidro. Eric baixou o volume da música.
Com curiosidade, abri o envelope que me fora dado e pousei as flores no banco do Mercedes de Eric.
"As flores podem significar vida e morte. Blair, minha filha, meu mais que tudo, tal como disse... não estás sozinha. Nunca estivemos sozinhas no Mundo. Nunca fomos só eu e tu. Lê, por favor, o bilhete no ramo das flores. Por favor, não desistas e sê feliz. Da tua mãe, Barbara."
Limpei as lágrimas que me estavam a ofuscar a visão e peguei no ramo, abrindo lentamente o bilhete.
"Barbara, querida Barbara, sei que a nossa reaproximação é impossível. Sei que te magoei tanto que me deste como morto só para não teres de enfrentar um novo ataque por parte dos media. Quero que saibas que te amo. Com amor, L.C"
Olhei para os papéis umas quantas vezes durante o trajecto, e percebi que afinal a minha mãe tinha-me dado uma missão.
Afinal havia gente que eu precisava de conhecer. Afinal, a minha mãe nunca foi viúva nem o meu pai e o meu irmão morreram num acidente aéreo.
Afinal... a minha vida não passava de mero engano e eu não passava de um joguete nas garras do destino.

11 comentários:

Gonçalo disse...

A continuação ficou excelente :)

Junior Rios disse...

Uau!Bom demais...Aguardando parte III!

Bjo


wwwsinparangon.blogspot.com

Catarina disse...

adoro adoro adoro como sempre. Tu fazes com que me prenda as tuas historias de uma maneira inesplicavel :o

lara beatriz disse...

estou cada vez mais curiosa, é cheio de mistério, adoro. :)

Junior Rios disse...

Olá Hayley!Tem a indicação de um prêmio para você no meu blog...Passa lá!
Bjo

wwwsinparangon.blogspot.com

Anónimo disse...

ADOREI :)
e muito obrigada pelo teu comentario, e pelas tuas palavras! és uma querida!
beijocas

Anónimo disse...

oh, nao tens nada que agradecer minha querida! :)

lara beatriz disse...

Esperarei ansiosamente pelo próximo capítulo. :)
Vou começar a escrever mais, por isso que não vais ter de esperar muito. :) beijinho

lara beatriz disse...

Obrigada a sério. :)
é mesmo muito misterioso e ainda vai ficar mais. :)

lara beatriz disse...

Mas eu acho que te estás a sair muito bem. :)
é diferente, mas na mesmoa impressionte. beijinho :)

Anónimo disse...

"- Nunca... nunca te esqueças... que... há sempre alguém. Não estás... nem estarás sozinha. - disse ofegante." Eu quase que ia chorando a sério. Estou a gostar muito da história Hayley, há uma certa tristeza e melancolia antes e até pouco depois da morte de Barbara, e no fim deixas assim um suspense. Muito bom.

Bom natal :D