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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mini-Revista do Ano 2010

Sozinha eu não posso mudar o mundo. Esta frase vem a propósito de um texto que eu li no blog da Pri.
Nós fazemos mil e um pedidos e esperamos ser, estupidamente, atendidos. Nós só olhámos para o nosso umbigo, para o nosso bem-estar social e moral. Os outros são paisagem. Não nos dizem nada, são-nos desconhecidos e, portanto, são um assunto à parte. 
Normalmente eu peço saúde e paz, não penso sequer na vida que os outros levam! Eu sou como a maioria das pessoas - egoísta e despreocupada com os problemas dos outros. Serei eu, supostamente um ser correcto? Não na medida em colocar-me no lugar dos outros e tentar ajudar a resolver os problemas. 
Hoje devia ser uma noite feliz para todos. Uma noite cheia de alegria, com comida quanto baste para todos, com um lar quente e seco rodeados de toda a família! É um cenário lindo, não é? Tão lindo que ficava bem emoldurado na parede de cada casa de uma família para não se esquecerem que há pessoas que não têm sequer um copo de leite quente para beber, um pão para comer nem uma manta para se aquecer. Em vez de se lamuriarem por causa da vida que levam por terem de "apertar de o cinto" quando vão às compras ou pelas horas extraordinárias que trabalham, sendo assim mal remunerados, que tal pensarem nas pessoas que não arranjam emprego e têm de viver na rua? Há pessoas que não têm um emprego e que, muito provavelmente, não se importariam de "apertar o cinto"! Desde que tivessem algum para conseguirem sobreviver. Mas, sendo nós portugueses de origem opulenta e altruísta, queremos viver à grande e à francesa! Mostrar que temos algo melhor que o outro é um objectivo! Sempre fomos assim desde a era dos Descobrimentos levados a cabo pelos "mui nobres lusitanos".  Podem-me dizer que a maioria dos sem-tecto são toxicodependentes, e até podem ser! Mas não têm eles os mesmos direitos que nós? Quando eles pedem esmola, pode ser para droga ou não. Não sabemos isso. Se por ventura o for, só estará a contribuir com mais um prego para o seu caixão. Mas a minha mente continuaria a dizer-me que eu fiz bem porque posso tê-lo ajudado a saciar a fome. Se não o empregou da forma melhor, já não é um assunto meu. Fez a sua escolha. 
Eu tenho uma certa dificuldade em atravessar as ruas do Porto, principalmente a rua de Santa Catarina. De todas as vezes que lá vou deparo-me com cenários que mexem cá por dentro... Eu tenho vontade de ajudar mas eu não posso ajudar a todos. E isso revolta-me porque os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Se a riqueza estivesse melhor distribuída, existiriam muito menos mendigos na rua a arrastar os caixotes.
 Preocupa-me ainda o facto do nosso nobre Senhor Primeiro Ministro simplesmente ignorar esta situação. Enerva-me o facto de ele tentar enganar-nos e ouvir as pessoas a dizer que votam nele porque fala bonito! Ora, eu nunca votaria em alguém que não achasse suficientemente competente para governar um país. Não estamos a falar de uma casa. Estamos a falar de uma nação com uma dezena de milhão de habitantes! Admira-me ainda o facto de não termos sido vendidos aos chineses, aos japoneses ou a outro país mas ainda não é tarde... Nunca há dinheiro para nada mas para comprar carros blindados, preparar uma cimeira da NATO, a excêntrica propaganda política e distribuição de Magalhães já existem verbas! Ora bolas! Há dinheiro para aquilo que lhe interessa! Quem vai ganhar com o aumento do IVA será o governo do Senhor Sócrates! Vamos lá ver... ele jurou fazer de Portugal um país próspero... nota-se perfeitamente... (não falo mais de política senão nunca mais me calo.).
Outra coisa me irrita profundamente... chegaram as férias do Natal que é sinónimo de Algarve, Açores, Madeira, destinos paradisíacos e afins. Onde ficam os vossos animaizinhos de estimação? Na rua... eu sei. Hipoteticamente falando, se vocês fossem cães gostavam de ser largados num canto qualquer sem comida nem abrigo? Digo-vos uma coisa... quando eu fizer isso ao meu cão, peço-vos urgentemente para entrarem em contacto com a minha mãe para ela me internar imediatamente!
Portanto, antes de efectuarem qualquer acção de abandono de qualquer animal, interroguem-se se gostariam, hipoteticamente falando, de ser abandonados. (é só um conselho). 
Peço novamente desculpa por este texto porque realmente não tenho andado no meu lado melhor. 
Desejo-vos um óptimo ano cheio de prosperidade!

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