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domingo, 9 de janeiro de 2011

Reticências....

             

Talvez por estar a adquirir a minha própria personalidade ou por magia, sinto-me "crescida". Sinto que sou capaz de ser sensível quando quero, coisa que eu nunca conseguia. Sinto que sou capaz de amar alguém mais que tudo, mas há sempre algo ou alguém que se interpõem em caminhos delineados. Sinto que consigo fazer qualquer coisa. 
Há uma pequena explicação para tudo o que escrevo: eu nunca me considerei uma adolescente. Sempre fui demasiado madura para a minha idade. Nunca fui de faltar a aulas, fazer porcaria, andar todo o dia fora de casa. Sempre tive os pés bem assentes na Terra, sempre em vista a realidade que estava patente e as consequências que uma determinada acção podia acarretar. Porém, nunca ninguém me entendeu. Alegavam sempre que eu era "bichinho das cavernas" e "retrógrada". Em linguagem calão "cortes". Sim, era-o e continuo a sê-lo. Gosto de cumprir regras. E daí? Elas foram feitas para se cumprir. Sou de certa forma obediente, mas apenas cumpro aquelas que se justificam, senão sou a primeira a quebrá-las e a protestar.
Às vezes dou comigo a pensar em tudo aquilo que fiz. Nunca me arrependi de não ter ido a um concerto, de não comprar uns ténis que estavam na moda, de cumprir uma determinada regra. Arrependi-me de deixar de dizer aquilo que pensava, aquilo que sentia. Sempre fui demasiado orgulhosa para admitir alguma coisa! Talvez seja isso que me faça falta agora. 
Admito que não gosto muito de falar sobre estes assuntos. Deixam-me ainda mais revoltada quando faço uma retrospectiva exaustiva. Eu tenho uma boa memória fotográfica e auditiva. Raramente me esqueço de uma face ou de uma frase. E esse é realmente o meu problema, se me esquecesse seria realmente óptimo! Mas eu não consigo. Parece que estão sempre ali aqueles olhos escuros e grandes a seguir-me como se eu fosse um objecto brilhante. A dirigir-me a palavra como se o conhecesse há imenso tempo! 
A minha mente confunde-se cada vez que um novo episódio destes me acontece. Nunca fui habituada a considerar o amor parte importante da minha vida. Sempre fui ensinada a pensar única e exclusivamente com a cabeça e até há data dava resultado. Excepto desta vez. Estarei eu a dar mais um passo na minha personalidade?
Depois de tantas  desilusões, de tanta asneira que fiz nesse campo será desta? 
A minha cabeça não quer... mas...

3 comentários:

inês disse...

o texto está lindo, parabéns :)

Lord Daniel Salem disse...

amei a postagem linda!
Fiquei muito alegre em ver teu comentário lá no blog^^

bjs e volte sempre!

Junior Rios disse...

Hayley, adorei o texto!Parabéns!

Bjo