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segunda-feira, 11 de abril de 2011

As Últimas Flores para o Hospital - Cap. XV (Um azar nunca vem só) (antepenúltimo)


Passámos grande parte da tarde de Domingo em casa. À noite decidimos dar um passeio. O vento era trespassante mas Ian conseguia aquecer a minha alma.
- Blair, temos de mudar de apartamento. – disse-me. – Não o achas demasiado pequeno?
- Para nós os dois serve perfeitamente. – disse-lhe dando-lhe um beijo na sua face por barbear.
- Ora aí está! Para nós os dois serve mas pode não servir para sempre.
Olhei para ele. Ficava tão adorável com aquela sua cara de homem misturada com a de um miúdo de seis anos! Completamente irresistível. Às vezes questionava-me se ele tivesse sido criado comigo não teria caído nas garras do amor por ele…
- Nisso tens razão, mas ainda é cedo. – disse-lhe. – Não é melhor irmos para casa? Estávamos lá muito, muito mais quentes.
Ele olhou-me com um sorriso matreiro.
- Por mim podemos ir. O problema é que amanhã tens de estudar, Blair. Eu não quero que fiques todo o dia a pensar em nós!
Sorri.
- Estás muito engraçadinho hoje! – comentei.
- És tu que me fazes ficar assim.
Beijei-o. Era impossível não o ter feito.
Inesperadamente, a meio do nosso beijo o telemóvel começou a tocar. Procurei-o na minha mala que se assemelhava a um arsenal e finalmente encontrei-o. Tratava-se de Erin.
- Blair? Onde estás?
- Olá! Estou na rua. Estou a dar um passeio com Ian. Por quê? Precisas de mim?
- Blair, vem a minha casa agora! Corre e não olhes para ninguém.
Estranhei o conteúdo da sua mensagem.
- Erin, estás a assustar-me. Mas que raio se passa?
Ela desligou-me a chamada.
Ian olhou para mim com preocupação e disse que era melhor irmos ver o que se passava. Dei-lhe a mão e começamos a caminhar em direcção a casa de Erin.
Ao contrário do que ela me havia dito, eu olhei para as pessoas e estranhei o facto de quase todas as elas se fazerem acompanhar de revistas de tertúlia cor-de-rosa, inclusive homens. Tentei espreitar mas nada conseguia ver. Apenas conseguia ouvir comentários do género: “Mas como é possível?”, “Mas que raio? Quem são?”.
Cheguei a casa de Erin, toquei à campainha e ela apressou-se a recolher-nos.
- Erin, o que se passa? – questionou Ian vendo-a atemorizada e irrequieta.
Eric estava ao fundo da sala com uma revista na mão, a olhá-la com estupefacção e depois caminhou até nós, entregando-a em mãos.
- Blair, obrigada por teres confiado em mim. – disse com fleuma Eric.
Olhei-o sem perceber grande coisa.
Folheei por curiosidade a revista e notei que era a mesma que todas as pessoas da cidade estavam a folhear atentamente. Subitamente, virei a revista para ver quais as notícias principais e deparei-me com uma fotografia minha e de Ian no apartamento, a beijarmo-nos. Olhei para ele. Ian estava petrificado. No cimo da fotografia, em letras bem grandes e gordas estava escrito “Amor entre irmãos será pecado?”.
- Blair, abre e lê alto. – disse-me Erin com os olhos em lágrimas.
Ian agarrou-me mais.
Eu folheei até à página indicada. As folhas não pareciam ter qualquer tipo de atrito, pelo que cheguei lá em menos de dois segundos.
- Amor entre irmãos será pecado? Eis a questão, meus senhores e senhoras. – comecei. – Hoje temos uma personalidade não muito conhecida mas muito querida por todos. É inteligente, bonita, bondosa, sempre do lado dos que necessitam, está presente nas festas de caridade e é filha da imponente e imperial falecida Barbara Copperfield Fielding. Eis a menina Blair Fielding Copperfield, a “menina do povo”. Mas será ela assim tão recta? Não me parece… A menina do povo viu-se e vê-se envolvida num escândalo que é capaz de provocar pudor a qualquer um. Constava-se que Blair tinha viajado para Paris e nós fomos atrás dela. Um dia encontrámo-la com um homem muito bem-parecido, musculado e charmoso no carro aos beijos. Quem não gosta de uma boa fofoca? Decidimos investigar quem seria o homem que ganhou o seu coraçãozinho frágil e tão bondoso. Porém, poucos meses depois, ela voltou para a sua cidade trazendo com ela esse homem. Para nossa grande admiração ficámos a saber que esse homem se chamava Ian Yorke, professor de Direito numa das mais prestigiadas escolas de França e que o seu pai era John Yorke. Fontes deveras seguras, revelaram-nos o nome completo desse senhor, que era John Liam Copperfield Yorke. Subitamente tropeçamos no nome da mística senhora Copperfield e na sua trágica história de vida ao perder marido e filho. Mas… no entanto, tudo era uma impiedosa mentira. Toda a família está viva. John Yorke, pai de Ian Yorke e de Blair Copperfield Fielding era casado com Barbara Copperfield. E, para além disto, descobrimos que ambos foram dados como mortos. Estranho… muito estranho… Continuámos a investigar até que percebemos que aquele homem era, sem sombra de dúvida o seu querido e supostamente falecido irmão. A menina do povo, a menina adorada, a menina que dispensa fama irá tê-la e o seu querido irmão… ou namorado, o que quer que eles sejam será cúmplice nesta história. Sugiro que comecem a pensar num nome para dar a este tipo de relação porque não me ocorre nada para além de “incesto”. Bonito era se desta harmoniosa relação nascesse um rebento, mas não quero estar a especular. Portanto, leitores e leitoras… tenham cuidado com as vossas crianças. Não as deixem sozinhas nem um minuto nem lhes escondam a verdade quanto aos seus parentes. – A minha voz falhou. – Maldito Jean-Claude! Deveria morrer. – vociferei referindo-me ao escritor daquela conspiração.
Abaixo encontravam-se imagens nossas aos beijos. Noutras estávamos abraçados. E em todas elas havia uma pequena descrição contundente. Na página ao lado faziam o balanço das nossas parecenças fisionómicas.
Os meus olhos começaram a verter lágrimas e eu, instintivamente agarrei-me a Ian. Erin chorava também por me ver triste. Ian mantinha-se impávido tão assustado quanto eu.
- O que vamos fazer? – inquiri eu, olhando-o nos olhos.
- Não sei, Blair… eu não sei. – disse com um tom de voz derrotado, envolvendo-me com os seus braços.
Abruptamente o meu telemóvel toca e vi que se tratava da minha vizinha. Avisou-me que dezenas de jornalistas estavam à porta do apartamento e que queria descansar. Comuniquei a Ian.
- Podem ficar cá até eles desistirem. – ofereceu Erin.
- Obrigada, Erin. Ficaremos aqui. – disse Ian, bufando de impaciência.
Dirigiu-se para o sofá e apoiou os seus cotovelos nos seus joelhos, pousando a cabeça nas palmas das suas mãos. Sentei-me ao seu lado.
- Eu sei quem é essa tal fonte segura, Blair. – Olhou-me com os olhos a tremeluzirem. – Tu tinhas razão, toda a razão. Ele está a interferir na nossa vida. Nós não tivemos qualquer tipo de precaução ao fugirmos. Viemos para um local demasiado óbvio. Devíamos ter fugido para a Índia ou para o Brasil! Nunca para Nova Iorque. Nunca!
Erin e Eric tinham abandonado a sala sorrateiramente.
- O que fazemos, Ian? – questionei, abraçando-o.
- Fugimos novamente para bem longe daqui. – disse-me olhando-me fixamente nos olhos. – Fugimos antes do amanhecer.
Limpei uma lágrima que lhe escapou pelo canto do olho.
- Tu não és meu irmão, Ian. Nunca foste. Nunca serás. – fiz uma pausa com a voz a falhar-me e com as lágrimas a teimarem irromper impiedosamente. – Serás sempre aquele homem que eu amei incondicionalmente.
Ele inclinou-se para me beijar mas deteve-se. Limitou-se a acariciar-me a face e a contornar os meus lábios com a polpa dos seus dedos. As suas mãos tremiam e os seus olhos claros vertiam lágrimas que, inexoravelmente se tornaram mais frequentes e copiosas. Seguidamente, puxou-me contra si, e começou a balançar como se fosse uma criança.
- Eu sei onde ele está. Sairemos bem cedo. – disse-me, deitando-se no sofá.
Deitei-me também, encostando-me a ele. Ele não proferia nenhuma palavra. Fingia dormir para eu não falar do assunto nem perceber que ele estava numa profunda agonia. Mas ele era como as palmas das minhas mãos: conhecia-o melhor que ninguém.
- Por favor, pára. Estás-me a fazer sofrer ainda mais quando o que eu mais anseio é conseguir adormecer e esquecer este escândalo por alguns momentos. – disse, vendo que ele estava a chorar.
- Eu não aguento, Blair. – disse com uma fúria que eu nunca tinha visto.
Levantou-se num ápice e pegou no seu casaco. Começou a correr, abrindo a porta e fechando-a de imediato de modo a que eu me atrasasse. Clamei o seu nome mas ele ia tão desnorteado que nem sequer deu conta que o chamava. Ele descia as escadas a um ritmo acelerado, difícil de acompanhar até que, ao chegar ao fundo da escadaria, começou a correr. Era incrível como ele conseguia correr tão depressa. Apressei-me a tentar segui-lo. A rua estava deserta. Apenas havia um aglomerado de toxicodependentes pacíficos ao fundo da rua.
- Ian! – bradei, já ofegante.
Ele continuava a correr e com o telemóvel ao ouvido. Subitamente parou e olhou para trás.
- Blair. Fica onde estás. Volta para casa. Encontro-te lá. – disse-me num tom agressivo.
Olhei com estupefacção para ele.
- Recuso-me! – bradei. – Eu vou contigo independentemente de onde vás.
Ele retomou a sua corrida e eu segui-o o melhor que pude. Ele enveredou por uma rua que ia dar a um dos hotéis mais imponentes da cidade. A iluminação era tamanha que se podia fazer ver a centenas de metros. Questionei-me por que raio ele tinha ido para lá. Mesmo assim segui-o fielmente. Quando entrei, ele estava a discutir com o recepcionista porque queria falar com John Yorke. Aquele nome ecoou na minha cabeça, e por momentos temi o que ele fosse fazer. Desloquei-me até ele.
- Ian, por favor, vamos embora daqui! – disse-lhe pousando a minha mão no ombro.
O funcionário olhou-nos e sorriu-nos com escárnio.
- Lamento, senhor mas não podemos divulgar informações sobre os nossos hóspedes.
- Ouça, eu preciso de ter uma conversa! Eu não saio daqui enquanto não falar com ele! – vociferou, com o seu rosto transfigurado.
- Ian…
- Blair… sai daqui! Por favor, vai para casa. Ouve-me desta vez. – disse-me rispidamente.
Afastei-me dele.
Subitamente vi John com o seu sorriso satisfeito a descer os degraus aos saltinhos como se fosse uma criança. Envergava a sua típica indumentária negra. Ele estacou ao ver-me. Tentei dizer-lhe para ir para o seu quarto mas, Ian com o seu olhar fulminante e com toda a sua raiva, viu-o. Deu um passo em frente e o seu rosto estava transfigurado. Ele suava continuamente e a sua respiração era tão forte que eu conseguia ouvi-la. Num gesto rápido e inesperado, Ian agarra nos colarinhos de John.
- Tu estás a destruir a minha vida! – bradou. – Como tens coragem de fazer isto ao teu próprio filho?
- Ian! – bradei, tentando interpor-me no caminho dos dois. Ele afastou-me.
John, com um olhar ameaçador, encarou-o.
- Tu não podes namorar com a tua irmã, Ian! Cresce um pouco! Deixa de sonhar!
Entretanto dois seguranças tentaram separá-los.
- E tu és capaz de agredir o teu próprio pai, Ian? – questionou com intuito de o perturbar ainda mais. – És capaz ou serás o eterno Ian com coração mole?
Ian descontrolou-se e tentou soltar-se das mãos dos seguranças.
- Tu não mereces sequer o ar que respiras. – disse-lhe com desprezo. – Não mereces o chão que pisas nem o amor… nem complacência de ninguém. No meio desta história toda, quem mais sofre é ela porque vê-se na obrigação de defender alguém que nunca teve uma réstia de amor por ela. Nem por ninguém. – proferiu com escárnio.
John tentou-se largar dos seguranças mas também não conseguiu.
- Ian, acalma-te, por favor, vamos embora! – disse-lhe com as lágrimas nos olhos.
John voltou-se para mim e sorriu com desprezo.
- Vocês entendem-se muito bem, hem? Como é ele? Beija bem ou mal? Sabes isso melhor que ninguém, Blair. Se sair ao pai, é com certeza muito bom nessa matéria.
- Tu não fales assim! – bradou Ian, esforçando-se para conseguir desprender-se das garras dos seguranças.
- Não merece que lhe responda. – disse. – Se alguma vez tivesse amado a minha mãe, saberia o que era esse sentimento. Afinal o que foi para si? Mera diversão? Puro prazer nas noites de Inverno?
Ele voltou a olhar-me ameaçadoramente.
- A minha mãe sempre me disse que eu era como o meu pai. – continuei. – Mas agora apercebo-me do erro que ela nunca notou: na sua falta de carácter. Não passa de um homem “seco”. Sem pinta de sangue nas veias. Sabe sequer o que é sentir o sangue fluir nas veias quando vê a pessoa que ama? Sabe o que é sentir um formigueiro na barriga cada vez que vê quem ama? – questionei retoricamente. – Obviamente que não. A única pessoa que ama é você mesmo e esse formigueiro só acontece quando se vislumbra ao espelho.
Ele voltou-me a face, sem me responder. Os seguranças expulsaram-nos do hotel, empurrando Ian com violência. Amparei a sua queda. Ao fundo da rua, dezenas de jornalistas corriam e, do topo do edifício do Hotel alguns paparazzis tiravam-nos fotografias. Ian lançou impropérios a John, e numa aflição nunca antes vista, gritou agarrando-me a mão.
- Corre!
As suas pernas começaram a movimentar-se rapidamente e eu tive dificuldade em acompanhá-lo. Olhei para trás e vi que os jornalistas nos percorriam e que se encontravam paparazzis por todo o lado. Enveredámos por uma rua na esperança de encontrar algum sítio onde nos pudéssemos esconder. Felizmente a sorte parecia estar do nosso lado. Encontrámos um pequeno beiral com as portas escancaradas. Entrámos e escondemo-nos no local mais escuro. Eu ia começar a falar mas ele colocou o seu dedo indicador sobre os meus lábios, contornando-os depois.
Subitamente ouvimos os passos imperativos a embaterem contra o chão e a precipitarem-se para nos apanhar. Alguém se deteve à porta do beiral. Fechei os olhos e recostei-me no peito de Ian, que se precipitou para me abraçar. Passado algum tempo saiu a correr e clamou o nome de alguém, transmitindo que não estávamos ali. Respirei de alívio.
Ian estava encostado à parede rugosa e deixou-se cair lentamente, roçando as suas costas naquela parede. Quando estava já sentado no chão, olhou-me com morbidez e disse-me com um desânimo que me fazia querer abraçá-lo incessavelmente:
- Eu temia isto. Temia o desfecho desta relação. – Olhou para o lado. – Temia porque sabia que o que estávamos a fazer era completamente errado e insano!
Olhei para ele, incrédula. Sentei-me ao seu lado.
- Estás arrependido?
Ele olhou-me nos olhos e contornou com a polpa dos seus dedos a minha face.
- Eu temia a forma como isto iria acabar, Blair. Eu não queria que isto fosse assim. Não sonhava sequer que John se fosse intrometer tanto na nossa vida. Ele não costumava preocupar-se com ninguém.
- Não respondeste à minha questão! – disse, rispidamente.
- Arrependido?! Só de não te ter conhecido mais cedo. – pronunciou, lentamente. – Eu ter-me-ia apaixonado por ti mesmo que fossemos criados juntos, Blair. Eu iria apaixonar-me por ti de qualquer das formas. Não há volta a dar nesta questão. Estamos presos pelo destino e ele quer que sobrevivamos a isto.
Olhei-o comovida com as palavras que ele havia proferido. Fiquei a pensar no emprego da palavra destino. Nunca havia acreditado nisso. Sempre achei que fosse uma palavra com um significado religioso e filosófico.
Pousei a cabeça nas suas pernas. Os seus dedos percorriam a minha cabeleira castanho-clara.
- O que fazemos? – inquiri novamente fixando o tecto.
Os seus lábios pousaram nos meus uns breves segundos.
- Fugimos. – respondeu.
Olhei para ele.
- Para onde?
- Para a Rússia, para o Japão, China… Eu não sei, Blair! – disse agonizado. – Algum local onde não nos possam encontrar! Se for preciso arranjo quem nos altere o nome, nacionalidade… tudo o que precisarmos. – fez uma pausa e agarrou as minhas mãos firmemente. – A única coisa que eu quero é permanecer contigo. Contigo e com aqueles que podem vir.
Sorriu carinhosamente para mim. Retribuí-lhe o sorriso. Abruptamente ele puxou-me para si.
- Eu gostava de ter uma equipa de futebol. – disse, soltando um sorriso abafado.
- Estás maluco? Bem se vê que não és mulher! – vociferei.
- Eu ajudava-te a criá-los. Depois comprávamos uma casa bem grande, com um enorme terraço para os miúdos brincarem… e nós ficávamos a vê-los através da grande vidraça da sala…
- Sonhas muito alto, Ian. – disse, fechando os meus olhos tentando imaginar todo aquele cenário.
Ian não falou durante um momento e quando estava calado era porque estava a reflectir sobre algo.
- Blair… não há nenhuma possibilidade… - deteve-se. – Esquece, vamos embora.
Estranhei o conteúdo.
- Vá, Ian. Sabes que eu gosto que completes as frases.
- Tens-te sentido bem?
Olhei-o de soslaio.
- Sim, tenho. Por quê?
- Não tens sentido nada diferente em ti? Nem nas roupas… Nada de nada?
- Não. – respondi com cepticismo. – Mas por que me questionas isso? – insisti.
Ele ficou um bocado atrapalhado.
- Bem… eu tinha uma pequena esperança que estivesses grávida. – confessou. – Nós nunca usámos nada que evitasse uma gravidez.
Olhei-o e sorri.
- Podias ter perguntado logo isso! – disse-lhe. – Não me parece, Ian.
Ele olhou-me desiludido e, por momentos desejei estar grávida só para ver nele um sorriso verdadeiro.
Ele beijou-me sorrateiramente e, num murmúrio disse:
- Que pena…
Ele levantou-se e foi perscrutar se alguém estava a espiar-nos. Vendo que o caminho estava livre, desatámos a correr até casa que não ficava muito longe dali. Eram aproximadamente três da madrugada e a rua estava praticamente deserta. A leve brisa afastava-me os cabelos da face enquanto corria desesperadamente para o alcançar.
- Corre! – disse ele num tom de troça.
Felizmente já não faltava muito para chegar e, quando abri a porta que acessava ao hall de entrada principal o porteiro olhou-nos com cepticismo mas depois desviou o olhar, cumprimentando-nos. Quase todos os vizinhos se amontoavam ao decorrer do corrimão de madeira nos seus trajes de dormir e alguns deles, nomeadamente as mulheres exibiam trajes mínimos e não pareciam ter qualquer tipo de pudor perante os vizinhos.
Cabisbaixa, abri rapidamente a porta e fechei-a para não ouvir nenhum comentário. 




Já somos 150! Obrigada a todos por me seguirem e espero que venham muitos mais! 

62 comentários:

cherry blossom disse...

AMEI !
Fiquei com as lágrimas nos olhos , completamente !
PARABÉNS !

cherry blossom disse...

Obrigado , minha querida :')

Lord Daniel Salem disse...

Amei o novo visual do blog^^
Meus parabéns!
Ah, se der e surgir uma ideia para alguma história, irei participar do concurso^^

Bjs e volte sempre!

cherry blossom disse...

Por mim lia já o próximo , olha que não me costumo entusiasmar assim , está mesmo PERFEITO !

cherry blossom disse...

não tens de agradecer fofinha :D
a sérioooo ? :o

alex disse...

adorei ! «3

cherry blossom disse...

vai sair muito bem com toda a certeza :D

Francisca Cid Souto disse...

Está mesmo bonito o blogue, parabéns.
Deixo-te o link da página oficial do meu blog: http://www.facebook.com/pages/Vou-Contar-te-Um-Segredo/185569908149177
Beijo

alex disse...

oh, obrigado querida, também adoro o teu!
vou seguir, até porque estou a pensar em participar no concurso :p

cherry blossom disse...

acredito seriamente que sim :D

cherry blossom disse...

Toda a gente gosta do que escreves e quem não gosta é porque não sabe ler :D

cherry blossom disse...

Como te disse : Os não gosto são de pessoas que não sabem ler :o

cherry blossom disse...

É verdade , todos temos direito a dar opinião mas quando temos argumentos válidos para o fazer !
Eu se não tirava o "não gostei" ia dar em doida ...

cherry blossom disse...

Eu suspeito quem possa ser linda , mas enfim :s
pessoas sem vida é outra coisa !

cherry blossom disse...

com certeza é alguém que não merece nem um minuto da nossa atenção querida :s

alex disse...

:D
mas ainda estou a pensar, acho que não tenho uma história suficientemente boa para entrar.
(:

cherry blossom disse...

foste bem realista :D

fátima pereira disse...

esta lindo, a sério :o

cherry blossom disse...

Agora disseste tudo , cambada de tonos !

alex disse...

oh, muito obrigada.
eu gosto mesmo dauqilo, que escrevo tento que saia perfeito e faço-o vezes sem conta, rasgo páginas apago palavras, porque quero que esteja totalmente como eu gostaria que estivesse! Obrigado, querida mas acho que vou pensar, até porque não acho que escreva assim tão bem, para ter tantos seguidores e tantos comentários positivos. (:

alex disse...

*daquilo.

• cláudiagomes disse...

adorei e obrigada princesa ;D

alex disse...

eu vou pensar e digo-te alguma coisa:D
e eu vou ler as ultimas flores para o hospital, desde do ínicio porque sincereamente li este post e não precebi nada ahah é normal.
quando acabar digo-te alguma coisa e gostava que me dissesses também (:

alex disse...

e quanto aos comentário, não tenho de certeza (;

ana. disse...

na loja fusphatus, cá em Braga *.*

alex disse...

não, escreves nada confuso! o problema é que eu comecei a ler a história no capítulo XI é sempre complicado xD
não te preocupes, eu sou sempre sincera!
ps: já li o primeiro xD

Francisca Cid Souto disse...

Muito obrigada :')

alex disse...

até agora, não está a ser (:

alex disse...

oh, ainda bem que estás a gostar!

alex disse...

a sério? :o

alex disse...

ainda, bem que estás a gostar!
Eu ainda estou no quatro porque tenho estado a fazer outras coisas, e os teus capítulos, são longos, mas estou a adorar! A forma como explicas cada promenor é impressionante!

alex disse...

ainda bem que estás a gostar!
ps: desculpa só estar agora a seguir, mas pensei que já tinha carregado no botão ;$

lara beatriz disse...

o john de certa maneira, irrita-me xb não o apaguei, só estava de novo a meter os parágrafos (que nervos) agora vamos lá a ver senão sai um desastre. Obrigada e para ti também :) nem mais, todos precisamos de tempo e paciência :)

lara beatriz disse...

A sério? :)
É que tira mesmo a pessoa mais paciente do sério, todos temos um "John" dentro de nós ;) isso foi porque tive de guardar como rascunho no minímo 5 vezes porque não ficava com os parágrafos :/
beijinhos :)

lara beatriz disse...

Essa parte está mesmo engraçada, é algo assim um pouco invulgar de se perguntar aos filhos, ahaha xb anda a por-me fora do sério, mas tenho de arranjar uma solução, não pode ser assim tão difícil, né? (:

lara beatriz disse...

exacto xb nem eu, mas tenho de 'pesquisar' :c

marta disse...

Aviso: vou privar o blog. Se quiseres continuar a seguir, deixa o e-mail. Beijo, quase perfeito.

alex disse...

ainda bem que gostaste!
achas que está suficientemente bom, apra entrar no concurso? :s

alex disse...

então, vá tens aqui mais uma pessoa para o teu concurso :p
Obrigado (: Sabes também, tu és de certeza uma pessoa mais matura e com mais experiência de vida do que eu por isso é normal :p Também, reparei nisso dos signos á bocado xD
Estou a adorar! Como te disse ontem tu explicas os promenores de uma forma muito prolongada o que dá à história uma individualidade enorme !

Mi disse...

Deu-me um prazer ler este post!

Amei, mesmo :)

Mi disse...

Obrigada :)

É o que eu espero também*

Helena disse...

Está lindo, lindo *.*

alex disse...

mas continuo a ter razão, tens mais experiência de vida do que eu !
O próximo capítulo irá chegar e eu também fico contente por participar ;D

ana. disse...

deves encontrar noutras lojas (:

alex disse...

13 o:
fico à espera do teu amanhã, estou a adorar!
oh, ainda bem!

alex disse...

eu precebi querida :D toda a gente pensa que sou mais velha, xD
de nada querida, foi com muito prazer :D

ps: só uma pequena dúvida eu devo de acabar o pc(pequeno coração) antes do dia 28 de março e aí toda a história irá estar na página respectiva da história, tenho de mandar à mesma para o mail? ou posso só informar-te da página?

alex disse...

*maio.

łnn Gray ۞ disse...

Obrigada por seguires *-*

alex disse...

sim, é mais fácil tanto para ti como para mim (:

Helena disse...

Obrigada pelo elogio minha querida, sabe tão bem saber isso a sério *.*

Helena disse...

Eu acredito que sim, a sério querida (:

cherry blossom disse...

Ele não têm lido nada do que escrevo , mas não posso deixar de escrever ... pois se o fizer ele pode pensar que está a cair no esquecimento e não está minha querida , apesar de estarmos tão distantes e de ser raro falarmos, eu não o esqueço e sei que ele não me esquece , só temos maneiras muito diferentes de o mostrar *-*

cherry blossom disse...

mesmo que não dê certo , ele será sempre o homem da minha vida , aquele pelo qual sou capaz de deixar tudo :$

cherry blossom disse...

é verdade, já ouvi algumas historias verídicas muito semelhantes a nossa de pessoas que ficaram juntas e eu quero acreditar (para poder continuar a lutar) que sim , que isto vai dar certo e que ainda vamos ser muito felizes perto um do outro :$
a história é completamente inspirada em nós *-*

cherry blossom disse...

eu amo-o mais do que toda a distância que nos separa e não é só o amor é tudo o resto que têm de haver numa relação destas :D
És como eu então :p

cherry blossom disse...

eu sou super cabeça de vento ahah

cherry blossom disse...

nas aulas ? isso é que já não é positivo :o

Not Carrie Bradshaw disse...

Olá, Obrigada por gostares da história :)

Capítulos não vão faltar querida*

estou a seguir ?

Not Carrie Bradshaw disse...

Muito, muito Obrigada querida (:

fátima pereira disse...

nem sei como te agradecer mesmo, obrigada a sério.
fico mesmo muito contente, que tenhas gostado e queiras seguir e ver mais!

Francisca Cid Souto disse...

Eheh, ainda bem que gostaste. :p

Bruna Tschaffon disse...

seu blog está lindo! E por sinal eu amo as músicas que você escolhe para a playlist :)